As
características químicas da água são de grande importância do ponto de vista
sanitário,pois determinadas podem inviabilizar o uso de certas tecnologias de
tratamento ou exigir tratamentos específicos para sua remoção.Dependendo da
forma em que se encontra o contaminante ele poderá ou não ser removido durante
o tratamento.Por exemplo,o cromo com valência seis é mais difícil de ser removido que o cromo
com valência três.Também a toxicidade é variável,como no caso de complexos
orgânicos de mercúrio,que são cerca de cem vezes mais perigosos que o mercúrio
mineral.Afora estes aspectos,a caracterização química da água,por meio da
determinação de cloretos,oxigênio dissolvido,nitritos e nitratos,dentre
outros,permite avaliar o grau de poluição de uma fonte de água.
O
risco à saúde devido as substancias químicas tóxicas na água pra consumo humano
difere daqueles causados por contaminantes microbiológicos. Os problemas
associados aos constituintes químicos originam-se primariamente de sua
habilidade de causar danos à saúde,depois de prolongados períodos de
exposição.Há poucos contaminantes químicos na água que podem levar problemas na
saúde após uma única exposição,exceto pela contaminação acidental massiva de um
suprimento (como o derrame de um produto químico ou a adição de algicida em
reservatórios com elevadas densidades de cianobactérias produtoras de
cianotoxinas).Entretanto,a água geralmente torna-se intragável devido ao
gosto,odor e aparências inaceitáveis,mas isso pode não ocorrer.
Por
não serem normalmente associados a efeitos agudos,os contaminantes químicos são
colocados em uma categoria de menor propriedade do que contaminantes
microbiológicos,dos quais os efeitos são usualmente agudos e muito
difundidos,ou seja,os padrões químicos para a água de consumo humano são de
consideração secundária em um suprimento sujeito a severa contaminação
microbiológica (WHO,2003d).Assim,mesmo sabendo-se que o uso de determinados
desinfetantes químicos no tratamento da água pode resultar na formação de subprodutos
são normalmente pequenos,em comparação com aqueles que podem advir da
desinfecção inadequada,de modo que é importante que a desinfecção não seja
comprometida na tentativa de controlar estes subprodutos.
A
água consumida normalmente não é a única fonte de exposição às substancias
químicas,cujos valores máximos aceitáveis são definidos no padrão de
potabilidade.Em muitos casos,a ingestão de um contaminante químico a partir da
água é pequena,se comparada com a de outras fontes de alimento ou o ar.Os valores
máximos aceitáveis citados nos padrões de potabilidade,utilizando-se a
abordagem da ingestão diária tolerável (IDT),incluem as exposições provenientes
de todas as fontes,considerando proporcionalmente o valor da IDT que
corresponde ao consumo de água,em percentagem(WHO,2003d).
Água Pura
Água pura, no
sentido rigoroso do termo, não existe na natureza, pois sendo um ótimo
solvente, jamais é encontrada em estado de absoluta pureza. Possuem uma série
de impurezas que irão imprimir-lhe características físico-químicas e
biológicas. A qualidade da água depende basicamente dessas características, que
irão influir no grau de tratamento a que devem ser submetidas.
Quando a água se
precipita sob a forma de chuva, as gotas dissolvem os gases da atmosfera e
carreiam material particulado; ao retirar o gás carbônico da atmosfera, por
exemplo, a água se acidifica aumentando ainda mais sua ação solvente. Ao
atingir a terra, parte dessa água corre sobre a superfície, parte infiltra-se
no solo e parte evapora-se; a água que corre, dissolve, em maior ou menor
extensão, conforme tempo de contato e grau de solubilidade, os sais presentes
nos minerais existentes no seu caminho, como o carbonato de cálcio e magnésio -
calcários - os quais pela ação do gás carbônico na água, são transformados em
bicarbonatos que passam a ser solúveis.
2- Acidez da Água
A água é também
acidificada quando entra em contato com matérias orgânicas em decomposição,
mais freqüentemente de origem vegetal, as quais libertam gás carbônico além de
outros, como gás sulfídrico, amoníaco, etc; posteriormente transformados em
nitritos e nitratos.
3- Cor da Água
A matéria orgânica
em decomposição liberta também substâncias orgânicas coloridas que são
dissolvidas pela água ou postas em fino estado de suspensão, denominado estado
coloidal e que dão cor a água; também o ferro e o manganês associados a estas
substâncias podem ocasionar cor na água.
4- Turbidez da Água
A partir de um
certo tamanho, o material em suspensão
na água é chamado de turbidez podendo ser desde partículas de areia, de restos
de folhas em suspensão, até mesmo seres vivos, como algas, protozoários,
bactérias que além de turbidez e cor, podem conferir à água gosto e odor.
5- Impurezas da Água
- Naturais:
Constituídas de substâncias encontradas normalmente na atmosfera e solo, em
forma de gases, sais e microrganismos.
- Artificiais:
Constituídas de substâncias lançadas na atmosfera ou nas águas por atividades
humanas - poluição do ar, da água, do solo.
A
poluição hídrica, ou poluição das águas, é causada pelo lançamento de efluentes
industriais, agrícolas, esgoto doméstico e resíduos sólidos nos cursos d’água,
ou seja, procedimentos oriundos das atividades humanas. Esses lançamentos sem o
devido tratamento alteram a composição química da água, comprometendo sua
qualidade. Os impactos gerados atingem as águas superficiais e subterrâneas. O
lençol freático (água subterrânea) também é afetado, pois ocorre a infiltração
de águas poluídas no solo, comprometendo a sua qualidade.
Os impactos na saúde causados pela contaminação química da agua são de difícil avaliação, uma vez que muitos elementos interferentes podem inviabilizar a identificação dos fatores determinantes das enfermidades associadas à toxicidade dessas substâncias. Muitos dos efeitos são crônicos, o que representa outro obstáculo para que se defina a relação causa-efeito, isto é, se a origem da doença é o consumo de água. É de suma importância aprofundar o conhecimento sobre essa classe de contaminantes na água destinada ao consumo, de modo que se compreenda a real ameaça que representam à saúde da população.
Os impactos na saúde causados pela contaminação química da agua são de difícil avaliação, uma vez que muitos elementos interferentes podem inviabilizar a identificação dos fatores determinantes das enfermidades associadas à toxicidade dessas substâncias. Muitos dos efeitos são crônicos, o que representa outro obstáculo para que se defina a relação causa-efeito, isto é, se a origem da doença é o consumo de água. É de suma importância aprofundar o conhecimento sobre essa classe de contaminantes na água destinada ao consumo, de modo que se compreenda a real ameaça que representam à saúde da população.
Para incluir
ou excluir determinados parâmetros da Norma de Potabilidade, é necessário
avaliar a probabilidade de sua ocorrência no ambiente (consumo, dinâmica
ambiental, eficiência de tratamento para sua remoção), periculosidade, inclusão
em normas internacionais e ocorrência nas águas superficiais e para consumo humano. Conforme
as normas brasileiras de potabilidade foram sendo revistas, desde a primeira
Portaria de 1977, grande número de substâncias nocivas foi incluído, seguindo
o avanço da indústria na produção de compostos orgânicos, agrotóxicos e
produtos de desinfecção. Foram inseridos 13 contaminantes orgânicos, dez
agrotóxicos e seis produtos secundários de desinfecção.
Parâmetros
químicos da norma de potabilidade (Portaria MS 518/2004)
A principal fonte de contaminação das águas de rios é a
indústria, com seus despejos de resíduos ricos em metais pesados. Veja os
procedimentos causadores da poluição:
As indústrias de tintas, de cloro, de plásticos PVC e as metalúrgicas, utilizam em seus processos metais pesados como o mercúrio e vários outros, esses metais são descartados nos cursos d’água após serem usados na linha de produção. Mas não é só de indústrias que provém esse tipo de contaminação, os incineradores de lixo urbano produzem fumaça rica em metais como mercúrio, cádmio e chumbo, que se volatiliza lançando metal pesado a longas distâncias.
Do ponto de vista químico, a grave conseqüência parece não ter solução, já que esses metais não podem ser destruídos e são altamente reativos. A cada dia se fazem mais presentes em nossas vidas, em aparelhos eletrodomésticos ou eletroeletrônicos e seus componentes, inclusive pilhas, baterias e produtos magnetizados. Mercúrio, chumbo, cádmio, manganês e níquel são alguns dos metais pesados presentes nesses aparelhos. O chumbo é usado na soldagem de computadores, e o mercúrio está no visor de celulares.
As indústrias de tintas, de cloro, de plásticos PVC e as metalúrgicas, utilizam em seus processos metais pesados como o mercúrio e vários outros, esses metais são descartados nos cursos d’água após serem usados na linha de produção. Mas não é só de indústrias que provém esse tipo de contaminação, os incineradores de lixo urbano produzem fumaça rica em metais como mercúrio, cádmio e chumbo, que se volatiliza lançando metal pesado a longas distâncias.
Do ponto de vista químico, a grave conseqüência parece não ter solução, já que esses metais não podem ser destruídos e são altamente reativos. A cada dia se fazem mais presentes em nossas vidas, em aparelhos eletrodomésticos ou eletroeletrônicos e seus componentes, inclusive pilhas, baterias e produtos magnetizados. Mercúrio, chumbo, cádmio, manganês e níquel são alguns dos metais pesados presentes nesses aparelhos. O chumbo é usado na soldagem de computadores, e o mercúrio está no visor de celulares.
Principais
contaminantes quimicos da agua:
THMs
e Cloro - Muitos sistemas de águas municipais usam cloro
para eliminar bactérias, mas recente estudo mostra que o cloro pode reagir com
materiais orgânicos na água para formar produtos químicos chamados
Trihalometanos (THMs). Um desses THMs é o clorofórmio, um agente causador de
câncer.
Pesticidas
e Herbicidas - Muitos produtos químicos para agricultura tais
como, atrazina e alaclor têm sido encontrados em fontes de água. Muitos
pesticidas são tóxicos e são associados com a variedade de problemas de saúde.
Produtos
químicos industriais - Apesar da necessidade de
fabricação, muitos produtos químicos industriais, se ingeridos, podem causar um
crescimento no risco de câncer e outras doenças. Dentre eles estão o bifenil
policlorinato, aromáticos polinuclear, produtos químicos voláteis (VOC), tais
como TCE, benzeno, e tetracloreto de carbono.
Metais
pesados -
Arsênio
- o arsênio é
amplamente distribuído na superfície terrestre,mais frequentemente como sulfeto
de arsênio ou como arsenatos ou arsenitos metálicos.Compostos de arsênio são
utilizados comercial ou industrialmente,principalmente na industria
eletroeletrônica.A introdução de arsênio nas águas por ação humana relaciona-se
a efluentes de refinaria de petróleo e industrias de semi-condutores,preservantes
de madeira,herbicidas e aditivos de alimentação animal.Contudo,há
numerosas regiões nas quais o arsênio pode estar presente em fontes de
água,particularmente em águas subterrâneas,a elevadas concentrações.Uma das
principais fontes de contaminação é a erosão de depósitos naturais contendo
arsênio.Sua presença na água para consumo humano tem significância como causa
de efeitos adversos à saúde,tais como danos de pele e pulmão.Seu monitoramento
é considerado de alta prioridade.
Chumbo - a presença de chumbo
na água é indesejável devido à sua tendência em se acumular no corpo
humano,resultando em saturnismo (intoxicação causada pelo chumbo).As crianças
são consideradas o subgrupo mais sensível à presença do chumbo.Seus efeitos
incluem retardo no desenvolvimento físico e mental,problemas de rins e elevação
de pressão em adultos,acumulo no esqueleto,interferência no metabolismo do
cálcio e da vitamina D,toxicidade para os sistemas nervosos central e
periférico.Sua presença nas águas
naturais é incomum,porem pode ser encontrada nis suprimentos de águas naturais
que tiverem contato com recipientes de chumbo que sofreram a corrosão,tais como
tubulações de chumbo,tanques revestidos com chumbo e pinturas de chumbo.A
erosão de depósitos naturais também é uma fonte potencial de contaminação da
água.A quantidade de chumbo dissolvido na água,a partir destes
materiais,dependera de vários fatores,incluindo pH,temperatura,dureza e tempo
de detenção da água.
Cádmio
- o cádmio é um metal utilizado na industria de aço e de
plásticos.Componentes de cádmio são amplamente usados em baterias.O cádmio é
lançado no ambiente em efluentes,e a poluição difusa é causada pela
contaminação,a partir de fertilizantes e de poluição local do ar.A contaminação
da água destinada ao consumo humano pode ser causada principalmente pela
corrosão de tubulações galvanizadas,soldas e algumas ligas metálicas,efluentes
de refinaria de metais,industria siderúrgica e de plástico e descarte de pilhas
e tintas.Os alimentos sai a principal fonte de exposição diária ao cádmio.O
fumo é uma significante fonte adicional de exposição a este elemento.O cádmio
pode causar lesões no fígado e disfunções renais.Há evidencias de que seja
carcinogênico por inalação,mas não por via oral,e não há evidencias de claras
de genotoxidade.
Cromo -
a contaminação da água por cromo deve-se
principalmente a efluentes de indústrias de aço e celulose,alem da erosão de
depósitos naturais.A longo prazo,a ingestão de águas contendo este elemento
pode levar ao desenvolvimento de dermatites alérgicas.O cromo trivalente é
essencial do ponto de vista nutricional,não-tóxico e pobremente absorvido no
organismo,enquanto o cromo hexavalente afeta os rins e o sistema respiratório.
Mercúrio
-
•
Mercúrio de origem antropogênica (originário de atividades humanas, fábricas,
garimpos,mineração etc.) e o natural (devido a emanações vulcânicas,
gaseificação da crosta terrestre,etc.) são lançados no meio ambiente
(atmosfera, corpos d’água e solos).
•
Principalmente em ambientes aquáticos, sob determinadas condições
físico-químicas,
ou
pela ação de microrganismos, os íons de mercúrio dos compostos inorgânicos
podem
se
ligar a grupos orgânicos, transformando-se em compostos orgânicos de mercúrio
(como
por exemplo o metilmercúrio e dimetilmercúrio). Os íons de mercúrio também
podem
ser reduzidos a Hg.
•
Parte dos átomos de mercúrio, sob determinadas condições climáticas, pode
evaporar,
quer
pela ação da queima de florestas e de amálgamas com ouro, quer por emanações
vulcânicas.
• Na
atmosfera o mercúrio na forma metálica pode ser oxidado pelo oxigênio do ar.
•
Por meio de um processo denominado deposição seca e úmida o mercúrio precipita
com
as chuvas e materiais particulados, depositando-se nos solos e corpos d’água.
Os efeitos tóxicos causados pelo
mercúrio metálico são produzidos depois de sua oxidação no organismo e por
causa de sua grande afinidade pelos grupos sulfidrilas das proteínas e,em menor
grau, por grupos fosforilas,carboxílicos, amidas e aminas. Nas células, o
mercúrio é um potente desnaturador de proteínas e inibidor de aminoácidos,
interferindo nas funções metabólicas celulares. Ele causa também sérios danos à
membrana celular ao interferir em suas funções e no transporte através da
membrana, especialmente nos neurotransmissores cerebrais.Por outro lado,
estudos citogenéticos já realizados em pessoas contaminadas por Hg, em níveis
considerados toleráveis pela Organização Mundial de Saúde (OMS), revelaram
aumento significativo de quebras cromatídicas, com a possível interferência nos
mecanismos de reparo do DNA.Este efeito pode resultar em quebras cromossômicas
e em morte celular, o que justificaria o quadro progressivo de deterioração
mental nos indivíduos mais altamente contaminados.
Doenças causadas pelo mercúrio:O
mercúrio penetra no organismo humano e se deposita nos tecidos,causando lesões
graves, principalmente nos rins, fígado, aparelho digestivo e sistema nervoso
central.
A
exposição aguda, por inalação de vapores de mercúrio,pode acarretar em
fraqueza,fa diga,anorexia, perda de peso e perturbações gastrointestinais.A
ingestão de compostos mercuriais, em particular cloreto mercúrio,provoca úlcera
gastrointestinal e necrose tubular aguda.
Como o mercúrio chega ao
homem:Existem duas maneiras do mercúrio chegar até o homem:
ocupacional e ambiental. A primeira é mais conhecida e está ligada ao ambiente
de trabalho,como mineração e indústrias, geralmente associada aos garimpos de
ouro ou às fábricas de cloro-soda e de lâmpadas fluorescentes. Trata-se de uma
contaminação
pelas vias respiratórias,que atinge o pulmão e o trato-respiratório, podendo
ser identificada e quantificada pela dosimetria do mercúrio na urina.A
contaminação ambiental, por sua vez, é provocada pela dieta alimentar,comumente
pela ingestão de peixes de água doce ou salgada, e afeta diretamente a corrente
sangüínea, provocando problemas no sistema nervoso central. Sua comprovação é
feita facilmente pela determinação do mercúrio no cabelo ou no sangue.
A
substância simples e os sais de mercúrio são os principais responsáveis pela
contaminação ocupacional, enquanto os compostos orgânicos de mercúrio,
predominantemente o metilmercúrio, são responsáveis pela contaminação ambiental
. Uma característica comum às duas
formas de mercúrio é que ambas podem atravessar a barreira placentária afetando
seriamente o feto.
Dioxina - a substância mais tóxica que existe
-
A dioxina, espécie de impureza de herbicidas
derivados do petróleo; de acordo com o bioquímico Ames, é a substância mais
tóxica que existe; o valor máximo permitido de dioxina é 6 fentogramas diários
(0,000.000.000.000. 006 g/Kg). Isto equivale a tomar uma cerveja
a cada oito
mil anos !". a dioxina pode
causar câncer, problemas no sistema imunológico e defeitos congênitos.
Recentemente a dioxina foi detectada em alimentos
na Bélgica, onde ocasionou até queda de ministro. Enquanto que até hoje no
Brasil, país que exportou a dioxina, ainda não está esclarecido o controle do
depósito, em área de manancial na bacia hidrográfica do Rio Grande, com
toneladas desse produto.
"Um estudo
feito em 1988 relatou que mais de 2.100 substâncias nocivas foram encontradas
na água potável dos EUA desde que o Safe Drinking Water Act foi passado, em
1974. Dos produtos químicos encontrados, 97 eram cancerígenos conhecidos, 82
causavam mutações, 28 causavam toxidade aguda ou crônica, e 23 geravam tumores.
As 1.900 substâncias nocivas restantes
não foram testadas adequadamente no que se refere a possíveis efeitos adversos
à saúde. Environment Policy Institute, jan 1988."
Resíduos radiativos
– Entre todas as formas de lixo, os resíduos
radiativos são os mais perigosos. Substâncias radiativas são usadas como
combustível em usinas atômicas de geração de energia elétrica, em motores de
submarinos nucleares e em equipamentos médico-hospitalares. Mesmo depois de
esgotarem sua capacidade como combustível, não podem ser destruídas e
permanecem em atividade durante milhares e até milhões de anos. Despejos no mar
e na atmosfera são proibidos desde 1983, mas até hoje não existem formas
absolutamente seguras de armazenar essas substâncias. As mais recomendadas são
tambores ou recipientes impermeáveis de concreto, à prova de radiação, que
devem ser enterrados em áreas geologicamente estáveis. Essas precauções, no
entanto, nem sempre são cumpridas e os vazamentos são freqüentes. Em contato
com o meio ambiente, as substâncias radiativas interferem diretamente nos
átomos e moléculas que formam os tecidos vivos, provocam alterações genéticas e
câncer.
Radônio
– Radônio é um gas radioativo de ocorrência natural
que não tem gosto, odor ou cor. O radônio transportado pela água é aliviado no
ár através dos chuveiros, máquinas de lavar, etc., podendo ser inalado e
aumentar o risco de câncer. Há também uma evidência crescente da relação entre
a ingestão de radônio na água de beber e o crescimento de câncer de estômago.
Processos
inovadores utilizados para redução da contaminação
- Monitorização da contaminação de um curso de água natural
por metais pesados através de musgos aquáticos: A contaminação
por metais pesados de aqüíferos superficiais pode ser avaliada através da
utilização de musgos como biomonitores, dadas as capacidades de
acumulação e perda de metais reveladas por estes organismos em resposta a
variações na concentração dos mesmos elementos em cursos de água. Com este
trabalho, que integrou o projeto com financiamento europeu com sigla RIVERMOD,
pretende-se avaliar a contaminaççãode um curso de água natural da região
sul do país em que é lançado um efluente industrial. Para isso, o trabalho se
faz com recurso a transplantes de Fontinalis antypiretica, uma
espécie de musgo aquático abundante em alguns rios e ribeiros do país, mas que
não está presente no rio em estudo. Os transplantes são mantidos aí
durante cerca de um mês, após o que se quantifica a concentração de metais na
planta. Este trabalho permite assim avaliar a contaminação ocorrida nos cursos
de água durante o período de transplante.
- Dupla de microorganismos pode
livrar os rios de metais pesados: Um insólito casal, formado por
uma bactéria e uma levedura, pode facilitar a descontaminação de
rios, lagos e ribeirões brasileiros que “adoeceram” gravemente por causa da
poluição. O “casal”, que cresce junto numa relação simbiótica, é capaz de
separar metais pesados (como mercúrio, chumbo) da água, livrando os rios da
contaminação causada por resíduos industriais e até esgoto doméstico.
A associação dos microorganismos está em estudos no Centro Tecnológico
de Minas Gerais (Cetec) e Universidade Católica do Distrito Federal, com
recursos dos Ministérios da Ciência e Tecnologia, do Meio Ambiente e de Minas e
Energia.
O trabalho, desenvolvido por Patrícia Pimentel, é acompanhado de perto
pelo especialista em prospecção do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos
(CGEE), Alfred Leroy Trujillo. “Gastei boa parte de minha vida
profissional procurando por esse microorganismo”, empolga-se Alfred. Ele conta
que a associação entre bactérias e leveduras capazes de garantir a precipitação
de metais pesados era desconhecida. “Sabíamos que algas são capazes de fazer,
em parte, esse trabalho, mas a surpresa é descobrir uma bactéria que se une a
uma levedura para fazê-lo”,supreende-se. Alfred comenta que a associação de
microorganismos foi isolada no Córrego Rico, em Paracatu (MG). O projeto,
agora, é garantir a reprodução do “casal” em escala industrial, para utilizá-lo
em outros mananciais contaminados por metais pesados. “O microorganismo e a
levedura são capazes de precipitar os metais pesados, separando-os da
água", explica o especialista.
Se a reprodução em grande escala for possível e as pesquisas seguirem o
rumo esperado, os microorganismos poderão ser utilizados na indústria,
para descontaminar esgotos antes de despejá-los nos rios.
Outra possibilidade é permitir a utilização comercial dos metais que
estão na água sob a forma líquida. O “casal” é capaz de alterar o estado físico
desses mineriais, tranformando-os em sólidos.
Fonte:
Revista de Saúde Pública - Rev. Saúde Pública vol.19 no.5 São
Paulo Oct. 1985
http://aguapuraesegura.com.br/home/index.php?option=com_content&task=view&id=10&Itemid=25
RISCOS À SAÚDE RELACIONADOS A CONTAMINANTES QUÍMICOS PRESENTES
EM ÁREAS IDENTIFICADAS COM RESÍDUOS PERIGOSOS: UMA PROPOSTA DE AVALIAÇÃO;
Aída Cristina do Nascimento Silva (ETT AL)
Contaminantes
químicos em águas destinadas ao consumo humano no Brasil Drinking water
chemical contaminants in Brazil Ana Marcela Di Dea Bergamasco (ETT
Al)
Trabalho
feito pelas alunas:
Maria
Izabelle da Silva
Brenda
Oliveira
Isabella
Araújo
Larissa
Grace
Kelly
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